29 de abril de 2010

You are the only exception!

Talvez eu saiba algum lugar no fundo de minha alma que o amor nunca dura, nós temos que arranjar outros meios de seguir em frente sozinhos ou continuar com uma cara boa e, eu sempre vivi assim mantendo uma distância confortável e até agora, eu jurei pra mim mesma que eu era feliz com a solidão porque nada disso nunca valeu o risco. Eu tenho uma forte noção sobre a realidade mas não posso deixar o que está aqui diante de mim eu sei que você vai embora pela manhã, quando acordar me deixe com alguma prova de que isso não é um sonho. You are the only exception! E eu estou a caminho de acreditar nisso


Paramore
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hoje, amanhã e sempre

Eu sabia da verdade. Eu sabia quem você era. Mas eu acreditava em você. Não só por meu coração bater mais rápido quando o telefone tocava e você dizia “bom dia”, mas por que eu realmente acreditava em quem você era, não quem você inventou, mas na sua alma. Eu continuaria a acreditar em você até ouvir, da sua voz, a realidade. Você não enxergou isso, não é. Você também não enxergou que nunca fomos o que dizíamos ser, que éramos apenas amigos, melhores amigos, como irmãos, talvez irmãos não, foi mais “íntimo”, mais intenso, ao menos para mim. E tudo o que eu fazia, todas as madrugadas, todo aquele medo e ansiedade do som do telefone, todas aquelas palavras, era por que eu precisava do meu amigo, eu precisava de você, por que era o único que parecia se importar com o que eu sentia, com quem eu era. Você era o único que não havia, ainda, desistido de mim. O pior não foi a verdade, ela está sempre estampada em uma placa à uns centímetros de você, lhe levando para outras estradas, caminhos. E a mentira é só um detalhe, é só uma avenida mal feita, com buracos, de altos e baixos. Você acha que eu iria dizer “escolha, eu ou ela (…) quem é melhor? quem você ama mais? (…)”, não, eu não sou assim. E se eu sumi, sem dizer nada, desculpe-me, não foi pela a raiva. Eu me senti como uma pedra, e você a chutou, mas eu continuava ali, persistente, atrapalhando, machucando. Você tinha pena, então só aguentou, não? Então eu fugi, descobri que sou ótima nisto. E não é uma questão de “vou dar uns meses para superar isso”. Você não é uma droga, não tenho do que superar. Uma das questões é que você não enxergou. Se doeu quando você olhou seu reflexo no espelho. Doeu ouví-lo chorar, doeu fugir, doeu perder, doeu meu coração parar, doeu doer. Eu ainda tento, não voltar atrás, não fazer as coisas serem como antes, eu não quero nada disso, só quero que as coisas deem certo, não dessa forma, mas sim, de como as coisas deveriam ser desde o começo. E agora eu sei, que não é o problema as pessoas amarem você, mas quem você ama. Para que ouvir um eu te amo, se você não pode dizer o mesmo? Um dia eu paro de fugir de você. E desapareço. Nunca importou-me quais faces você queria mostrar, faces são só máscaras. A verdadeira face foi sua alma. E eu sempre a aceitei. Sendo seus olhos mais brilhantes ou menos em cada foto, ou seu corpo em diferentes formatos. Eu gostava da risada diferente. É.

uma mulher, um homem, um garoto, uma irmã.

Uma mulher falou que voltaria, disse que eu era seu anjo. Um homem colocava meus pés sobre os dele, segurava minhas mãos no alto e dançava comigo pela a sala, olhando em meus olhos e dizendo que eu era a melhor coisa que lhe havia acontecido. Mesmo sabendo que no fundo, eu era um erro. Um garoto disse "hoje, amanhã e sempre", a melhor canção de ninar era sua risada, e seu bom dia alimentava-me. Uma irmã disse que sempre ficaria ali, minha sombra. Agora eu a vejo correr. As melhores pessoas são aqueles detalhes, que seu coração não deixa escapar. E meu coração precisa tanto de vocês. Eu preciso sentí-lo, preciso. Saudade. O que ela faz ? O que ele sente ? O que ele é ? Por que ela fugiu ? E se eu pudesse alcançar uma estrela, ser ela, talvez. Deixaria o céu proteger-me. E lá do alto e do infinito ver vocês. Eu faria. Saudade. E se o senhor, não tivesse morrido (...).

dane-se

Dane-se o "eu te amo". Dane-se as promessas. Dane-se o abraço nas horas que mais lhe convém. Dane-se as batidas. Ainda há coisas que fazem-me sorrir, e querer ver o sol entre o cinza rabugento do céu.

a música

Amigo: Tu tem que deixar de ouvir este tipo de música
Eu: Como?! Que tipo de música?!
Amigo: Música triste...
Eu: Eu não ouço música triste...ouço boa música, para mim pelo menos
Amigo: Não, tu escuta música triste...
Eu: Mau...mas afinal o que quer dizer com isso de música triste?!
Amigo: Música que fala de impossiblidades, de distâncias e ausências...
Eu: ....
Amigo: Vês como tenho razão?
Eu: Não posso...
Amigo: Não pode?!
Eu: Não, não posso...porque elas conversam comigo de uma forma que ninguém é capaz de fazer...

Me cansei da estupidez

das pessoas, de onde vem tanta amargura? Simplesmente cansei desse mundo onde ninguém mais acredita em sonhos. Desse mundo onde tudo é impossível, onde seres humanos tem coragem de fazer coisas absurdas pelo medíocre, dinheiro , luxo , vaidade... Eu não posso mais aceitar toda essa violência, eu não quero a minha vida igual a tudo que se vê hoje em dia. Não posso aceitar isso como se fosse algo normal, um dia as conseqüências aparecerão e no fim só restarão lembranças e arrependimentos. Arrependimentos de não ter sido uma pessoa mais amável quem sabe. Porque eu sei que tudo isso, toda essa violência é fruto de falta de amor. Falta de amor nos corações, pra que tanta revolta nos corações partidos?

28 de abril de 2010

Tell me why I feel so alone

Eu pensei que nós conseguiríamos, porque você disse que conseguiríamos superar e quando toda a segurança fracassar você estará lá para me ajudar a superar?

The host


"Eu abri meus olhos tentando focá-los na escuridão. Eu podia ver duas estrelas pelo buraco no teto. Ainda era noite. Ou noite novamente. Vai saber."



The host - Stephenie Meyer (p. 338)

27 de abril de 2010

Faço um buraco em um quintal velho e imundo. Algumas mudas de roupas e alguns sonhos desgraçados me acompanham. Eu tenho descido e observado o quanto é miserável viver cada dia dessa miserável paz mentirosa. Sempre foi assim e eu nunca me dei conta de todas as falsas palavras que ouvi ate hoje. As pedras que caíram e as chuvas que sufocam sempre me fazem pensar em ser um pouco mais do que eu consegui ate hoje. É inútil a vingança e a tentativa de aliviar toda a angustia dessa alma. É tudo tão cinza, melancólico, eu tenho medo, eu tenho medo de tudo isso, fantasmas me assustam, pessoas me assustam, a chance de ver o sol me assusta. Tenho encontrado alguns amigos, alguns sorrisos sinceros me fazem bem, alguma conversa, isso apenas uma boa conversa me faz bem. Talvez eu tenha agido como uma criança, que não sabe o que quer pra si e o que poderia lhe causar dor, apenas um imbecil com um punhado esperanças. Me recuso a aceitar certas coisas que ate parecem ser legais, mas eu não sei o que foi feito pra isso tudo parecer legal. Eu não sei o que mais eu tenho a perder, nem sei se já perdi alguma coisa. Se afastando de tudo e todos, a mentira tem me assustado e me aliviado de alguma forma.

Um coração

Era dia 23 de agosto, Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno. O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.
Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.
Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras. Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.
Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo! PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.

Não é tarde ...

... para se sonhar, o céu ainda é azul há esperança, é só olhar no olhar de uma criança, no sorriso de uma mãe que deu a luz.

Folhas caídas ...

... em um jardim de outono

Porque de repente...

...todas as palavras sumiram.

25 de abril de 2010

bf


Quem me dará um ombro amigo quando eu precisar? E se eu cair, se eu vacilar,quem vai me levantar? Sou eu, quem vai ouvir você quando o mundo não puder te entender. Quem é que vai me acolher, na minha indecisão? Se eu me perder pelo caminho, quem me dará a mão? Por isso eu estarei aqui,quando tudo parecer sem solução. "Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. " Espero contar ctg sempre ;*

saudade


Sabe do que sinto mais saudade? Dos nossos silêncios e, foram tantos... Tivemos silêncios de cumplicidade, silêncios de gargalhadas contidas, silêncios de desejo, silêncios de tristeza profunda, silêncios provocadores, silêncios violentos... Falamos tanta coisa nesses silêncios... Porque os silêncios dizem mais que mil palavras para quem sabe os entender...

ventos

"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar, por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai pra sempre. "


Bob Marley

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falamos depois

As vezes dou por mim a pensar nas pessoas que já passaram na minha vida, muitas delas ficarão comigo para sempre, umas pelas melhores razões outras porque foram erros crassos, outra, das quais mal me lembro dos nomes e das caras. Você ainda não sei avaliar, de ti só sei dizer que foste diferente, és diferente só não sei ainda o quanto. Está resposta tu quem vai me dar, nas tuas palavras e reações ou pela ausência delas, sim porque a ausência de resposta também é uma resposta. Eu sabia que havia uma probabiliade de isto acontecer mas na minha cabeça era de 1 para 1 bilião, mas Murphy tinha razão quando dizia que se alguma coisa pode correr mal, ela vai correr mal e mais, vai correr mal na pior altura possível e da pior forma possível. Só te peço que reflitas um pouco antes de me julgar e repara que não te peço nada que eu já não tenha feito, pensar por mim e por ti. Não, não to a cobrar o que quer que seja, estou apenas a te pedir que compreendas que foi a forma que encontrei de me equilibrar, para que o nós possível, continue a existir. Por mim, apesar de não estar orgulhosa do que fiz, não te vou pedir desculpas, porque se o fizesse estaria a ser hipócrita e a negar tudo o que sinto e te dei a conhecer da forma mais honesta que conheço: sendo eu própria com todas as virtudes e defeitos. Se depois de tudo, tu não compreender, é porque apesar de todas as qualidades que te reconheço, insiste em não fazer uso de uma que é essencial numa amizade estranha ou não, a capacidade de olhar além e agir de acordo, mas é um direito teu. Seja como for, eu não guardarei qualquer mágoa, como poderia? Conhecer-te foi um privilégio, e é por essa razão que não vou arrancar a página que escreveste do livro que sou.

23 de abril de 2010

pra voce guardei o amor



Que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar sentir sem conseguir provar sem entregar e repartir. Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar, o amor que vive em mim vem visitar sorrir, vem colorir solarvem esquentar e permitir. Quem acolher o que ele tem e traz quem entender o que ele diz. no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios que o convite do silêncio exibe em cada olhar. Guardei sem ter porque nem por razão ou coisa outra qualquer além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar. Achei, vendo em você e explicação nenhuma isso requer se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar. Pra você guardei o amor que aprendi vendo meus pais, o amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz, céu cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar. Vou nascer de novo lápis, edifício, tevere, ponte desenhar no seu quadril meus lábios beijam signos feito sinos trilho a infância, terço o berço do seu lar. Guardei sem ter porque nem por razão ou coisa outra qualquer além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar. Achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar. Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar sentir sem conseguir provar sem entregar e repartir. Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz, no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios que o convite do silêncio exibe em cada olhar. Guardei sem ter porque nem por razão ou coisa outra qualquer além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar. Achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar.


Nando Reis


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noites




Há quem diga, que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.



(William Shakespeare)

Blindness.



é necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão ;)

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chocolate quente

Atendente da padaria: Bom dia, moça. Já escolheu?

Eu: Por favor, me vê um chocolate quente, mesmo não estando tão frio hoje. (“Os raios solares não estão alcançando meu coração, nenhum abraço é quente o bastante — e o abraço que quero não vou receber –, então pensei que talvez eu devesse tentar obter calor de dentro para fora”, pensei enquanto encarava o bule fumegante derramando minha fonte de calor humano líquida). E quero o chocolate simples mesmo, tá? Não me agrada as frescuras que fazem hoje em dia, como colocar chantilly, canela, pimenta… (“Preciso de um calor doce e puro, sem quaisquer influências externas. Um calor da infância que conforte quando fecho os olhos para sentir melhor o sabor.” Ela coloca a xícara diante de mim no balcão, dou um gole e demoro com o chocolate na boca. “Ah, doce nostalgia…”).

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