23 de abril de 2010

chocolate quente

Atendente da padaria: Bom dia, moça. Já escolheu?

Eu: Por favor, me vê um chocolate quente, mesmo não estando tão frio hoje. (“Os raios solares não estão alcançando meu coração, nenhum abraço é quente o bastante — e o abraço que quero não vou receber –, então pensei que talvez eu devesse tentar obter calor de dentro para fora”, pensei enquanto encarava o bule fumegante derramando minha fonte de calor humano líquida). E quero o chocolate simples mesmo, tá? Não me agrada as frescuras que fazem hoje em dia, como colocar chantilly, canela, pimenta… (“Preciso de um calor doce e puro, sem quaisquer influências externas. Um calor da infância que conforte quando fecho os olhos para sentir melhor o sabor.” Ela coloca a xícara diante de mim no balcão, dou um gole e demoro com o chocolate na boca. “Ah, doce nostalgia…”).

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